Os empresários e suas organizações, na consecução de seus objetivos, direta ou indiretamente trabalham para promover o desenvolvimento sustentado da comunidade local ou regional nas quais estão inseridos. E isso faz da empresa uma eterna protagonista de práticas éticas e morais necessárias na construção de uma sociedade mais justa e menos desequilibrada. Há muito tempo os empresários compreenderam que nenhuma empresa e nenhum empreendimento terão sucesso em uma sociedade devastada pela insegurança e pela miséria.
Refletindo essa compreensão da sociedade contemporânea, pela décima-sétima vez consecutiva, a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic) promove (dia 19, às 20h30, no Clube Recreativo Chapecoense) um dos mais concorridos eventos do setor econômico em Santa Catarina – a escolha do Empresário do Ano a quem será outorgado o “Troféu Nelson Galina”. É uma homenagem ao empresário, como agente dinamizador da sociedade e à empresa, como organização humana capaz de gerar bens e riquezas indispensáveis à vida em comunidade.
A empresa e empresário são os principais agentes de transformação da sociedade e vêm assumindo, hodiernamente, novos papéis, especialmente quando se constata que a sociedade não tem sido bem sucedida na diminuição das desigualdades sociais e na solução de um processo crescente de exclusão não simplesmente econômico, mas das possibilidades de acesso a novas formas de trabalho, a novas formas de conhecimento, a criação de uma sociedade mais justa. Um dos desafios da empresa, na atualidade, é vencer a aparente contradição entre a sobrevivência e o crescimento, sem descuidar a humanização do trabalho e o resgate da dignidade da pessoa humana.
A cidadania empresarial pode ser entendida como uma matriz que contempla basicamente os aspectos legais, econômicos, éticos e, especialmente, o auxílio à sociedade, colaborando com seu desenvolvimento sustentado e na manutenção das condições necessárias à vida. Numa empresa-cidadã não existe a separação entre o planejamento estratégico e as políticas sociais. O social impregna a visão, a missão e os valores da empresa-cidadã.
Responsabilidade social é uma forma de conduzir a empresa de forma sintonizada com as carências e potencialidades da comunidade, não negando nem ignorando os problemas estruturais e conjunturais que a afetam. Para isso, é preciso ajustar a missão da organização de forma a não prejudicar os superiores interesses da coletividade.
A prática demonstra que perseveram nas políticas de responsabilidade social as cooperativas e empresas com reconhecida conduta ética, com genuína sensibilidade social, sincero desejo de colaborar na redução das mazelas sociais e tradição em participação comunitária. Aquelas que vislumbraram nessa prática apenas uma “jogada de marketing”, geralmente desistem dessa atividade tão logo apagam-se os refletores da mídia.
Ao contrário do que possa parecer, o interesse pela comunidade reflete-se no desempenho da organização ao focalizar a cadeia de negócios da empresa e englobar preocupações com todos seus públicos – acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente.
O empresário-empreendedor é quem dinamiza, amplia, fortalece e faz crescer a economia. Por isso, a homenagem vai além do fator econômico e alcança aquele que valoriza e exerce ações de responsabilidade social-empresarial, que, no Brasil, já se caracteriza como uma prática moderna de gestão corporativa. Os empresários compreenderam que é necessário reduzir os elevados índices de desigualdades sociais na busca de padrões de eficiência exigidos pelos mercados nacional e internacional. Essa nova mentalidade empresarial prevê que, em face de inoperância do Estado, deve o setor privado substituir as funções sociais, sobretudo a universalização do acesso a serviços básicos de saúde, educação e bem-estar social. Para que haja desenvolvimento sustentável, todos os atores sociais devem assumir seu papel, cumprindo seus compromissos e respeitando os padrões éticos estabelecidos pela coletividade.
A eleição do Empresário do Ano se configura como uma das mais legítimas e fundamentadas iniciativas porque é uma escolha lastrada no voto da comunidade empresarial, tendo como balizador um conjunto de valores e princípios ético. A credibilidade e o prestígio da comenda derivam da forma democrática e transparente como se elege o homenageado e pelos critérios observados na escolha.
Criado em 1993, a outorga do Troféu Nelson Galina tornou-se um dos momentos mais importantes do calendário anual de eventos da Associação Comercial e Industrial de Chapecó porque a honraria foi inspirada no desejo de homenagear lideranças de todos os setores da atividade humana que colaboram de forma efetiva e decisiva para o desenvolvimento econômico, social e cultural do município. Grande, pequeno ou microempreendedor – todos podem votar e ser votados.
Por: Vincenzo Francesco Mastrogiacomo/Presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC)
Fonte: MARCOS A. BEDIN
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