Quando o quadril sofre um processo degenerativo e torna-se doloroso e limitado, por uma artrose de quadril (coxartrose), por exemplo, a indicação médica é uma cirurgia para colocar uma prótese para substituir a articulação afetada. O procedimento é conhecido como artroplastia e também pode ser aplicado no tratamento de algumas fraturas do fêmur proximal. De acordo com o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, essa cirurgia pode ser indicada para restaurar o movimento e aliviar a dor, melhorando a qualidade de vida do paciente.
Reichmann salienta que o risco de complicações, atualmente, é considerado baixo, mas é importante lembrar que trata-se de uma cirurgia de grande porte com riscos envolvidos como em qualquer outra cirurgia. “A artroplastia do quadril é uma das cirurgias mais bem sucedidas de toda a medicina moderna e tem evoluído continuamente nos últimos anos, com avanços tanto dos materiais quanto das técnicas cirúrgicas”, avalia.
As próteses estão disponíveis em diferentes materiais, mas o que tem atingido resultados satisfatórios são as chamadas cerâmica-cerâmica. Pesquisas recentes demonstram que a taxa de fratura reduziu de 0,26% para 0,002% com a evolução do material. Atualmente, problemas relacionados à quebra dos implantes cerâmicos são ocorrências raras. “O beneficio imensurável do baixo desgaste aliado à biocompatibilidade da cerâmica supera os riscos de fratura, o que eleva a segurança dos profissionais e pacientes”, ressalta o especialista.
A artroplastia de quadril total é frequentemente utilizada em pacientes idosos e torna-se mais comum ao passo que a expectativa de vida do brasileiro aumenta ao mesmo que busca-se uma saúde de qualidade. Entretanto, estudos com pacientes jovens e ativos mostram resultados encorajadores diante do baixíssimo índice de desgaste da prótese.
Hoje o período de hospitalização é curto, a recuperação é acelerada e o paciente já começa seu protocolo de reabilitação junto à equipe de fisioterapia no dia seguinte à cirurgia, andando com auxílio de andador ou muletas. Previamente ao tratamento devem ser tomados todos os cuidados no intuito de minimizarmos os riscos cirúrgicos. “São feitos exames de check-up completos com avaliações clínicas, exames de imagem e exames laboratoriais”, explica Reichmann. De qualquer maneira, o melhor momento para realizar a cirurgia deve ser discutido junto ao ortopedista. Você deve participar ativamente da decisão em relação ao seu tratamento, seja ele cirúrgico ou não.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional