Muitas mães, especialmente as “marinheiras de primeira viagem” angustiam-se com a possibilidade de problemas ortopédicos em recém-nascidos e até mesmo em crianças de um a seis anos de idade, período mais sensível da formação e do crescimento.
De acordo com o médico ortopedista e traumatologista, Joaquim Reichmann, as mães devem dar muita atenção aos quadris do recém nascido e sempre verificar se não há frouxidão capsular ou luxação congênita de quadril, que podem ser identificadas com um estalido. Caso essas lesões existam, a criança deve ser encaminhada pelo pediatra ao ortopedista que irá identificar se é uni ou bilateral. “O diagnóstico pode ser feito com raios-x e ultra-sonografia, dependo da gravidade do quadro clínico da criança” explica o médico.
Reichmann alerta que se o diagnóstico for precoce, o tratamento será simples e exigirá apenas o uso de fraldas especiais e acompanhamento médico com exames radiológicos periódicos. “Por outro lado se o diagnóstico só se fizer tardiamente, será necessário cirurgia para corrigir o problema, e o prognóstico pode variar de paciente para paciente”, observa.
O médico ainda chama a atenção das mães para os hábitos posturais da criança. Quando a criança sentar no chão é preferível que ela sente com as pernas abertas e nunca ajoelhada com os pés para fora. “Quando a criança dormir ela não deve ser colocada de bruços com os pés girados para dentro. Essa posição poderá causar deformidades rotacionais nos membros inferiores ou desarranjos como luxação de quadril, pois, o osso na criança é maleável e se molda conforme o estímulo, já que estão em crescimento”, explica Reichmann. Quanto ao uso do andador, o médico diz que ele pode facilitar o deslocamento sem a ajuda dos pais ou babás, no entanto, a criança estará deixando de usar todo o potencial da musculatura que mantém o equilíbrio. “A massa muscular vai demorar mais para se desenvolver e ainda existe o risco de cair, se houver degraus ou imperfeições no piso” alerta.
Também é importante evitar dormir de bruços com os pés girados para dentro pelo motivo citado acima e manter as pernas em abdução (um pouco abertas), para evitar ou problemas rotacionais.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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