20 de novembro de 2012

Cuidado com a contaminação de escovas dentais

Uma reiterada – e sempre ignorada – orientação dos dentistas está relacionada aos cuidados com as escovas dentais, para evitar-se a contaminação por microrganismos. A especialista em implantes e próteses dentárias Iara Giovana Gallon explica que as escovas dentais, após serem utilizadas para a higiene bucal uma única vez, podem estar contaminadas por diferentes tipos de bactérias, inclusive estreptococos do grupo mutans (microrganismos causadores da cárie), vírus, leveduras, parasitas intestinais, provenientes da cavidade bucal ou do meio ambiente.

Além disso, ainda pode ocorrer contato entre escovas de diferentes membros da família nos recipientes sobre a pia ou nos armários de banheiro. É difícil o controle da ocorrência de contato salivar entre indivíduos em ambientes como creches, pré-escolas e outras instituições que abrigam crianças de idade precoce, podendo a escova ser trocada e/ou compartilhada inadvertidamente.

Iara explica como deve ser efetuada a desinfecção das escovas dentais após sua utilização. A melhor opção é lavar a escova após seu uso, remover o excesso de água e borrifar um anti-séptico acondicionado em frasco spray (adquirido em farmácias de manipulação) em todas as direções da cabeça das escovas, particularmente nas cerdas.escovas

Em seguida, a escova pode ser guardada no armário do banheiro. Antes da próxima escovação, a escova deve ser lavada em água corrente. Após a escovação, não secar a escova com toalha de banho ou de rosto, pois isso pode aumentar ainda mais a contaminação. O excesso de água deve ser removido por meio de batidas da escova na borda da pia do banheiro.

Sobre o período de vida útil, Iara Gallon explica que escovas dentais devem ser trocadas freqüentemente: indivíduos sadios devem trocar suas escovas a cada 3 a 4 meses; indivíduos com gripe ou outras doenças infecciosas devem trocá-las no início e após a cura.

A odontóloga indica quais substâncias devem ser empregadas para a desinfecção das escovas: o gluconato de clorexidina a 0,12% e o cloreto de cetilpiridínio a 0,05% são eficazes na eliminação dos estreptococos do grupo mutans das cerdas das escovas dentais.

A escova deve ser conservada em local seco, após a desinfecção com anti-séptico. Estudos comprovaram que escovas dentais que permanecem fora do armário no toalete podem ser infectadas por coliformes fecais. Isso ocorre porque microrganismos como os coliformes fecais, presentes no aerossol que se forma após a descarga, podem depositar-se nas cerdas da escova sobre a pia do banheiro e proliferar. Dessa forma, após a desinfecção, as escovas devem ser guardadas no armário do banheiro.

Iara Gallon realça a importância do creme dental: a contaminação microbiana das cerdas das escovas dentais sofre a influência de inúmeros fatores, destacando-se o tipo de dentifrício, que pode conter agentes antimicrobianos como o flúor ou o triclosan, os quais ocasionam uma redução dessa contaminação. O uso de dentifrício contendo triclosan reduz em até 60% a contaminação bacteriana por estreptococos do grupo mutans, enquanto o dentifrício fluoretado reduz a contaminação em, aproximadamente, 23%.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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