Não precisa ser o Dia das Crianças para ouvir pedidos insistentes vindos dos pequenos. A influência infantil no momento da compra não se restringe aos itens direcionados a elas e estendem-se a alimentos, roupas, eletroeletrônicos, e até carros possuem a intervenção de uma criança na forma de um palpite, no momento da aquisição.
A afirmação é da pesquisa realizada pelo Instituto TNS/InterScience, em 2003, quando foi revelado que as crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família. A data festiva das crianças, no entanto, é o motivo ideal a mais para pedir videogames, bonecas, celulares, relógios, dentre outros produtos.
Pesquisador americano e fundador do The Consumer Studies Research Network (CSRN), Dan Cook declarou que a infância faz o capitalismo cantarolar e os dados não deixam dúvida: a infância faz a alegria do comércio e, principalmente, de marqueteiros e do mercado publicitário.
A declaração pode ser confirmada por meio dos dados divulgados pela comunidade eCGlobal. De acordo com a pesquisa realizada com 1495 pessoas durante o mês de setembro, 65% dos pais pretendem dar exatamente o presente que seu filho pediu para o Dia das Crianças.
Desconsiderando os pedidos específicos de cada um, a porcentagem de pais e mães que irão presentear as crianças em virtude da data sobe para 90% dos entrevistados. Outros dados revelados pela pesquisa apontaram que 52% das famílias pretendem gastar entre R$ 51 e R$ 200. Questionados sobre os motivos que incentivam o consumismo neste período, a resposta "Ele é um bom filho” recebeu 49% dos votos, enquanto 38% acreditam que a publicidade televisiva influenciou na escolha dos objetos.
Segundo a pesquisa Painel Nacional de Televisores, realizada pelo IBOPE, em 2007, as crianças brasileiras dedicam mais de quatro horas diárias ao entretenimento em frente à televisão. As propagandas também surgem nos celulares, na internet, em outdoors e entre os colegas da escola, expondo a criança a diferentes conteúdos e um bombardeio diário de produtos e marcas. Desta forma, o momento de diversão ativa foi substituído pela passividade em frente não só ao televisor, mas também nas telas de celulares, computadores e videogames.
O consumismo, caracterizado pelo excesso de produtos que não são necessários para a sobrevivência, pode causar desde stress familiar, até obesidade infantil e baixa auto-estima nas crianças.
De acordo com o Instituto Akatu, o consumismo também é responsável pelo aumento do consumo de energia e recursos naturais. Já que não dá pra fugir do consumo, a alternativa é optar por itens sustentáveis, de forma a minimizar o impacto da vida moderna no meio ambiente.
Uma das dicas é evitar o uso de papéis de presentes e fitas plásticas para reduzir o volume destes resíduos nos aterros sanitários. Outras orientações alertam para a atenção ao comprar brinquedos com o selo do Inmetro e dar preferência a roupas produzidas com algodão orgânico. Para finalizar, que tal investir em um presente que possa ser manejado por crianças e adultos? Desta forma, é possível aumentar a convivência e a interação entre pais e filhos.
Fonte: EcoD - Projeto do Instituto Ecodesenvolvimento
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